Sistemas ERP | Quais os mais utilizados? Como selecionar o ERP mais adequado para a sua empresa?

Índice

No que diz respeito a sistemas ERP, a questão central deverá considerar as necessidades da empresa em termos de soluções de gestão.

No artigo de hoje, iremos abordar os ERP mais utilizados e as suas características.

Sistemas ERP ou Enterprise Resource Planning | Quais os mais utilizados?

Além de existirem diferentes tipos de sistemas ERP para diferentes tipos de empresas, também existem muitos tipos de software de gestão no setor industrial.

Em seguida, listamos os sistemas ERP mais utilizados.

Software ERP generalista

Os softwares ERP generalistas são concebidos para se adaptarem a qualquer tipo de empresa – incluindo as que possuem unidades de produção ou de distribuição.

Genericamente, são sistemas de gestão muito flexíveis e versáteis, uma vez que dispõem de diversas ferramentas capazes de responder às necessidades da organização nesse momento.

ERP Vertical

Um sistema de gestão vertical diz respeito a uma solução específica para o setor industrial, desenvolvida para dar resposta às necessidades e requisitos das empresas industriais – otimizando todos os processos organizacionais.

Sistemas ERP para PMEs

No que diz respeito a ERP para PMEs, estes sistemas de gestão, ao invés de disponibilizarem um extenso conjunto de ferramentas especializadas, oferecem um conjunto de soluções destinadas às necessidades específicas de pequenas e médias empresas.

Habitualmente, são programas ERP modulares – aos quais podem ser acrescentadas novas funcionalidades para responder aos novos requisitos das empresas em função do seu crescimento.

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Saiba como selecionar o sistema de gestão mais adequado para a sua empresa!

Como selecionar o sistema ERP mais adequado para a sua empresa?

Selecionar um sistema ERP é uma questão primordial para qualquer empresa – e não necessariamente pelo valor de investimento envolvido. Tomar uma decisão estratégica correta desta dimensão pode afetar decisivamente os processos produtivos da empresa.

Na realidade, a cadeia de valor na indústria leva-nos a concluir que, caso não se efetue a escolha correta quanto ao software ERP, muito provavelmente esta gerará consideráveis prejuízos nas operações do dia-a-dia – conduzindo à perda de competitividade do negócio, durante um período de tempo substancial.

Por todos estes motivos, reunimos neste artigo os pontos-chave para o ajudar a selecionar o novo ERP para a sua empresa industrial.

1. O ERP deve ser desenvolvido especificamente para o seu setor

Se a sua empresa faz parte do setor industrial, um sistema ERP generalista não será adequado para a sua empresa. De facto, a implementação de um software de gestão numa empresa implica que os processos de desenvolvimento devem considerar uma ferramenta à medida das suas necessidades.

Igualmente, o ERP para uma empresa industrial deverá integrar, a priori e de forma padronizada, todas as funcionalidades adequadas aos requisitos dos processos industriais. Ou seja, o objetivo é que funcionalidades-padrão sejam 100% ajustadas às necessidades das empresas industriais.

Além disso, o ERP deve ser modular: não é possível abordar a implementação ao longo de toda a cadeia de valor de uma única vez e deve realizar-se de forma gradual, por módulos ou fases.

Inclusivamente, para se poder adaptar a cada uma das situações e requisitos da empresa, o ERP deve permitir um elevado grau de parametrização.

Em última instância, o ERP deve ser capaz de se adaptar a qualquer processo – o que implica que, se uma empresa dispõe de um sistema de produção “por processo” ou “misto”, o sistema de ERP deve ser capaz de responder a essas necessidades em particular.

2. Capacidade de integração e de colaboração na cadeia de valor da indústria

Indústria 4.0” é já um conceito muito debatido e que se pode entender de diferentes maneiras, dependendo da perspetiva de quem o aborde.

Na Ibernova, em Portugal, defendemos o conceito de digitalização e integração para a Indústria 4.0. Este é o contexto em que as empresas do setor industrial operam atualmente. O conceito é simples: todos os processos e departamentos devem estar integrados entre si, com o objetivo de alcançar os melhores resultados globais para a empresa, facilitando, assim, o trabalho e melhorando o desempenho.

Como é que este contexto afeta o sistema de ERP?

O sistema ERP selecionado deve estar preparado para ser integrado com toda a cadeia de valor da indústria:

– contextos de engenharia;

– soluções MES/MOM;

– automatização industrial.

Além disso, deve ser capaz de coordenar todos os processos da empresa, numa sequência de tarefas definida por cada função, de forma controlada e acompanhada, permitindo estabelecer dinâmicas de colaboração entre qualquer agente – interno ou externo.

3. Ferramentas de gestão avançadas

Estas ferramentas são fundamentais, uma vez que permitem a manutenção autónoma da empresa, no que diz respeito à customização do ERP (novos campos, novos ecrãs – entre outros), relatórios e análise de dados.

4. Capacidade de mobilidade – HTML5

É imprescindível que o software de gestão a implementar seja totalmente compatível com os dispositivos móveis da empresa, para que seja possível aceder à informação a partir de qualquer lugar – tal como acontece com a nossa caixa de emails.

5. A importância do fornecedor

Um dos fatores cruciais na escolha de um ERP é o parceiro com o qual iremos trabalhar. A empresa que irá fornecer o software de gestão não deverá ser um simples fornecedor, mas sim funcionar como um verdadeiro parceiro tecnológico, com o qual seja possível estabelecer uma relação duradoura e sustentável a longo prazo.

Em seguida, indicamos alguns dos fatores que consideramos mais importantes para assegurar uma relação de sucesso com o seu fornecedor de ERP:

– empresa solvente: com garantias para o presente e futuro, avaliando a sua presença geográfica e capacidade de implementação;

– projetos em curso: saber com que empresas está a trabalhar atualmente esse fornecedor e procurar referências de clientes que atualmente tenham esse sistema ERP;

– gestão da mudança: ações para minimizar o impacto do projeto na empresa;

– modelo de assistência: indagar o modo de funcionamento desse fornecedor face a erros e problemas.

6. Custos do projeto e da sua manutenção

Também é muito relevante analisar os custos do projeto, conhecendo não só os custos de implementação na sua fase inicial, como também os da sua manutenção e serviços de assistência ao longo de todo o processo.

Ainda, deve ter em conta o custo das licenças do software ERP, que dependerá da quantidade de módulos e utilizadores que irá contratar.

Também deve ter conhecimento acerca dos custos de:

– serviços do projeto;

– consultoria;

– parâmetros da solução;

– transferência de dados.

Igualmente, não deverá esquecer-se dos custos de assistência técnica e custos de manutenção da licença do ERP, especificamente se o pagamento será efetuado: por ano, semestre, trimestre ou mês ou será uma licença paga uma única vez.

7. Fator humano

Este é também um dos fatores mais importantes aquando da seleção de um sistema de ERP e que, na maioria dos casos, não é de todo considerado.

Ao implementar um novo sistema de ERP na empresa, é fundamental certificar-se de que, tanto a administração como os responsáveis de departamento estão totalmente convictos do projeto. É importante que todos entendam o motivo da mudança e que apoiem o projeto até que a sua implementação seja uma realidade.

O líder de cada departamento deve mostrar todo o seu apoio a este novo projeto, pois, como todos sabemos, as mudanças são sempre situações críticas – é necessário ter noção de que, para uma pessoa que já trabalha de uma certa forma há muito tempo, a mudança vai envolver um esforço que inicialmente poderá não ser tão imediato para esse efeito.

Pelo que, é sempre necessária alguma flexibilidade e paciência adicional, a mudança é positiva e benéfica – tanto para a empresa, como para o trabalho do dia-a-dia dos colaboradores.

Quer saber, em detalhe, como selecionar o sistema de gestão mais adequado para a sua empresa?